Obama quer um milhão de carros elétricos nos EUA até 2015
"O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira que disponibilizaria 2,4 bilhões de dólares para apoiar o desenvolvimento de automóveis elétricos, estabelecendo a meta de colocar um milhão de carros deste tipo nas ruas do país até 2015."
Falando em Pomona, na Califórnia, Obama anunciou também um crédito de 7.500 dólares para os americanos que decidirem adquirir um carro elétrico.
Dos 2,4 bilhões de dólares em subsídios destinados a companhias instaladas nos EUA, 1,5 bilhão serão utilizados na produção de baterias para estes veículos.
A intenção é reduzir a dependência americana no petróleo, criando milhares de empregos em um setor em expansão, explicou a Casa Branca.
"Colocaremos um milhão de veículos híbridos nas estradas americanas até 2015", afirmou Obama nesta quinta.
(Fonte: E-Jornal "Último Segundo" - 19/03/09 - 17:11 AFP)
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No início do ano, logo após a posse do presidente B. Obama, eu dizia do meu sonho de ver um presidente realmente comprometido com os rumos da civilização ocidental, incluindo-se aí a opção irregogável pela saúde do nosso planeta.
E é com incomum emoção que li a notícia acima reproduzida. Finalmente, um político de peso deu o seu primeiro passo para liderar a mudança da fonte energética, o primeiro passo para abolir o petróleo e outros combustíveis. Neste oceano de desalentos, sinto reacender uma remota esperança... Quem sabe, a humanidade dá finalmente o seu salto de qualidade, e inicia a construção de uma nova civilização a partir deste século...
Vida longa ao Presidente Obama! E que ele permaneça firme no caminho da reversão das expectativas catastróficas de até hoje!
quinta-feira, 19 de março de 2009
Daqui a 20 anos...
Daqui a 20 anos, quantos anos você terá? A maioria estará ainda vivo, eu suponho e espero, e quem sabe até meu marido e eu.
Daqui a 20 anos, bebês que estão nascendo hoje estarão apenas chegando à idade de assumir suas responsabilidades como cidadãos, herdando o mundo que nós estamos hoje desenhando para eles.
Pois, olha só a previsão para daqui a 20 anos:
O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico.
Segundo John Beddington, cientista britânico, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
(...)
"Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.(...) O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025. A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
(...)
Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington. Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
"Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
(...)
De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas. John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.
(Fonte: BBC Brasil - 19/03/09 07:53)
Pois bem... o que estamos fazendo hoje? É tão visível o efeito devastador da poluição e desmatamento que a humanidade tem causado ao longo da sua civilização (que se baseia na ganância imediata e egoísta), será que o povo ainda não percebe? Não é mais problema de um futuro distante, desvinculado de nossas ações e responsabilidades individuais, é o nosso próprio futuro e o futuro dos nossos filhos que estão em jogo.
Se qualquer questão "supérflua" já é motivo para iniciar uma guerra, quanto mais a FOME e a SEDE dos povos!
20 anos são apenas 5 governos, o atual presidente parece que se elegeu ontem e já caminha para o final do seu segundo mandato. Há a necessidade urgente de os políticos brasileiros (e do mundo inteiro, claro!) encararem com seriedade a questão e, deixando de lado a mesquinhez e o imediatismo, tomar HOJE as medidas de longo prazo para fazer frente à carestia generalizada que se avizinha e coloca em risco mortal a sobrevivência pacífica de toda a humanidade.
Daqui a 20 anos, bebês que estão nascendo hoje estarão apenas chegando à idade de assumir suas responsabilidades como cidadãos, herdando o mundo que nós estamos hoje desenhando para eles.
Pois, olha só a previsão para daqui a 20 anos:
O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico.
Segundo John Beddington, cientista britânico, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
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"Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.(...) O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025. A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
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Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington. Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
"Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
(...)
De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas. John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.
(Fonte: BBC Brasil - 19/03/09 07:53)
Pois bem... o que estamos fazendo hoje? É tão visível o efeito devastador da poluição e desmatamento que a humanidade tem causado ao longo da sua civilização (que se baseia na ganância imediata e egoísta), será que o povo ainda não percebe? Não é mais problema de um futuro distante, desvinculado de nossas ações e responsabilidades individuais, é o nosso próprio futuro e o futuro dos nossos filhos que estão em jogo.
Se qualquer questão "supérflua" já é motivo para iniciar uma guerra, quanto mais a FOME e a SEDE dos povos!
20 anos são apenas 5 governos, o atual presidente parece que se elegeu ontem e já caminha para o final do seu segundo mandato. Há a necessidade urgente de os políticos brasileiros (e do mundo inteiro, claro!) encararem com seriedade a questão e, deixando de lado a mesquinhez e o imediatismo, tomar HOJE as medidas de longo prazo para fazer frente à carestia generalizada que se avizinha e coloca em risco mortal a sobrevivência pacífica de toda a humanidade.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Novas regras da Fórmula 1
Soube hoje num blog que a Associação das Equipes de Fórmula 1 apresentou propostas de mudanças das regras da competição à Federação Internacional de Automoblismo - F.I.A. - visando minimizar o impacto da crise econômica sobre essa modalidade esportiva.
As corridas são apaixonantes. Eu adorava assistir às corridas, torcendo pelos pilotos brasileiros e admirando a sua audácia e perícia na direção dos veículos fantásticos... Porém, confesso que enquanto me divertia, esquecia-me do quanto esse esporte é alienante. No meu dia-a-dia batalhava em prol da rdução dos impactos ambientais que as indústrias causavam ao meio ambiente, e a cada quinzena me divertia vendo a liberação do gás carbônico e outros gases pelos canos do escapamento, sem me dar conta de que aquilo era também poluição, numa escandalosa contradição dos princípios. Mas desde a morte do Senna deixei de acompanhar, e o motivo principal foi que, com a morte do ídolo, percebi finalmente o papel devastador das corridas na sociedade e no meio ambiente.
As corridas de qualquer veículo motorizado, mas principalmente as de automóveis são uma das modalidades mais caras do esporte de competição (se não for a mais cara de todas) e consequentemente é uma das modalidades que mais movimenta o capital. A sua realização envolve tecnologia de ponta no desenvolvimento de todos os seus componentes e insumos, mão-de-obra altamente qualificada e cara... e também é um dos veículos de comunicação e marketing dos mais eficientes por envolver consumidores de maior poder aquisitivo de todo o mundo.
Não quero aqui entrar na questão do relacionamento capital-consumo, mas me ater na questão ambiental da prática das corridas como esporte, se é que podemos chamar de esporte uma prática que envolve muito mais a competição da engenharia do que disputa por mérito dos atletas (não que duvide das suas capacidades pessoais, mas mesmo sabendo das suas qualidades pessoais excepcionais na direção de bólides motorizados, tenho dúvidas quanto a chamar de atletas os pilotos da Fórmula 1...)
Sob ponto de vista do meio ambiente, percebo que entre todas as modalidades esportivas, esta tem sido a mais devastadora. A sua prática depende de, entre outros itens, um combustível de altíssima octanagem, lubrificação mecânica eficiente e pneus com alta aderência ao solo sem desperdício da potência do motor para vencer o atrito. Todos esses três insumos provêm do petróleo e consumido desde o seu refino, passando pelo desenvolvimento dos materiais intermediários em laboratórios até no seu uso final em veículos de competição durante o ano, entre testes, provas e a competição oficial. E o petróleo é o maior vilão do aquecimento global ao lado do carvão...
Por outro lado, duas crises sem precedentes assolam o mundo de hoje: o aquecimento global com previsões nada otimistas quanto à capacidade humana de conter as alterações climáticas (o que vai contribuir e muito para impactar a produção agrícola, com conseqüente fome mundial), e a crise econômico-financeira que já está fazendo milhares de vítimas ao redor do mundo e que promete piorar ainda mais, empobrecendo todos os países sem exceção.
A tentativa da Associação das Equipes de mudar as regras da competição adequando-as apenas à nova realidade econômica mundial me soa parcial e totalmente insatisfatória. Como sempre, as crises econômicas atingem antes de tudo os segmentos mais desfavorecidos da população mas logo em seguida a classe média, que é o maior responsável pelo consumo (o que sustenta o mundo capitalista). Com o empobrecimento da classe média, o consumo de modo geral cairá queiram ou não as classes mais abastadas, que gradualmente também serão atingidas.
E a indústria do entretenimento e seus patrocinadores serão um dos segmentos econômicos mais atingidos devido à incapacidade progressiva da população de continuar consumindo os seus produtos, de necessidade não-vital.
Nessa hora, penso que as escuderias foram infelizes ao deixar de lado uma mudança de atitude visando a salvação da modalidade mais a longo prazo. Falo da inclusão do prazo para adequar os motores para que esses utilizem fontes de energia alternativas, ecológicas, tornando a competição um evento menos danoso ao planeta. Essa adequação demandaria um contingente de pesquisadores e profissionais gerando novos empregos e conhecimento, além de provar a possibilidade de conciliar a necessidade imperiosa de salvar o planeta com a ideologia capitalista do consumo e laser. Mantenho ainda a esperança por um posicionamento da FIA no sentido de incluir essa alteração como parte da nova "regra do jogo" a médio e longo prazos.
(Se possível, sonharia também com um novo modelo econômico... que este capitalismo selvagem já causou todos os danos que podia e se esgotou.)
As corridas são apaixonantes. Eu adorava assistir às corridas, torcendo pelos pilotos brasileiros e admirando a sua audácia e perícia na direção dos veículos fantásticos... Porém, confesso que enquanto me divertia, esquecia-me do quanto esse esporte é alienante. No meu dia-a-dia batalhava em prol da rdução dos impactos ambientais que as indústrias causavam ao meio ambiente, e a cada quinzena me divertia vendo a liberação do gás carbônico e outros gases pelos canos do escapamento, sem me dar conta de que aquilo era também poluição, numa escandalosa contradição dos princípios. Mas desde a morte do Senna deixei de acompanhar, e o motivo principal foi que, com a morte do ídolo, percebi finalmente o papel devastador das corridas na sociedade e no meio ambiente.
As corridas de qualquer veículo motorizado, mas principalmente as de automóveis são uma das modalidades mais caras do esporte de competição (se não for a mais cara de todas) e consequentemente é uma das modalidades que mais movimenta o capital. A sua realização envolve tecnologia de ponta no desenvolvimento de todos os seus componentes e insumos, mão-de-obra altamente qualificada e cara... e também é um dos veículos de comunicação e marketing dos mais eficientes por envolver consumidores de maior poder aquisitivo de todo o mundo.
Não quero aqui entrar na questão do relacionamento capital-consumo, mas me ater na questão ambiental da prática das corridas como esporte, se é que podemos chamar de esporte uma prática que envolve muito mais a competição da engenharia do que disputa por mérito dos atletas (não que duvide das suas capacidades pessoais, mas mesmo sabendo das suas qualidades pessoais excepcionais na direção de bólides motorizados, tenho dúvidas quanto a chamar de atletas os pilotos da Fórmula 1...)
Sob ponto de vista do meio ambiente, percebo que entre todas as modalidades esportivas, esta tem sido a mais devastadora. A sua prática depende de, entre outros itens, um combustível de altíssima octanagem, lubrificação mecânica eficiente e pneus com alta aderência ao solo sem desperdício da potência do motor para vencer o atrito. Todos esses três insumos provêm do petróleo e consumido desde o seu refino, passando pelo desenvolvimento dos materiais intermediários em laboratórios até no seu uso final em veículos de competição durante o ano, entre testes, provas e a competição oficial. E o petróleo é o maior vilão do aquecimento global ao lado do carvão...
Por outro lado, duas crises sem precedentes assolam o mundo de hoje: o aquecimento global com previsões nada otimistas quanto à capacidade humana de conter as alterações climáticas (o que vai contribuir e muito para impactar a produção agrícola, com conseqüente fome mundial), e a crise econômico-financeira que já está fazendo milhares de vítimas ao redor do mundo e que promete piorar ainda mais, empobrecendo todos os países sem exceção.
A tentativa da Associação das Equipes de mudar as regras da competição adequando-as apenas à nova realidade econômica mundial me soa parcial e totalmente insatisfatória. Como sempre, as crises econômicas atingem antes de tudo os segmentos mais desfavorecidos da população mas logo em seguida a classe média, que é o maior responsável pelo consumo (o que sustenta o mundo capitalista). Com o empobrecimento da classe média, o consumo de modo geral cairá queiram ou não as classes mais abastadas, que gradualmente também serão atingidas.
E a indústria do entretenimento e seus patrocinadores serão um dos segmentos econômicos mais atingidos devido à incapacidade progressiva da população de continuar consumindo os seus produtos, de necessidade não-vital.
Nessa hora, penso que as escuderias foram infelizes ao deixar de lado uma mudança de atitude visando a salvação da modalidade mais a longo prazo. Falo da inclusão do prazo para adequar os motores para que esses utilizem fontes de energia alternativas, ecológicas, tornando a competição um evento menos danoso ao planeta. Essa adequação demandaria um contingente de pesquisadores e profissionais gerando novos empregos e conhecimento, além de provar a possibilidade de conciliar a necessidade imperiosa de salvar o planeta com a ideologia capitalista do consumo e laser. Mantenho ainda a esperança por um posicionamento da FIA no sentido de incluir essa alteração como parte da nova "regra do jogo" a médio e longo prazos.
(Se possível, sonharia também com um novo modelo econômico... que este capitalismo selvagem já causou todos os danos que podia e se esgotou.)
quinta-feira, 5 de março de 2009
Dia Internacional da Mulher: o que comemorar?
Próximo dia 08 de março é Dia Internacional da Mulher, data escolhida para relembrar o primeiro movimento reivindicatório das mulheres operárias pelas melhores condições de trabalho e remuneração. O ano era 1857, e o palco era a cidade de Nova Iorque - EUA, quando milhares de trabalhadoras saíram às ruas clamando por seus direitos. Em 1909 (exatos 100 anos atrás) a data foi escolhida para eternizar e relembrar a necessidade democrática da igualdade social e econômica entre mulheres e homens, trabalhadores de todo o mundo. Na década de 60 o movimento ganhou corpo efetivo, e em 1975 - ano escolhido como o Ano Inernacional da Mulher - a ONU passou a patrocinar a data.
Após excessos e exageros tanto das feministas como dos acuados homens, parece hoje que a mulher garantiu o seu espaço no mercado de trabalho e razoável respeito pela sua capacidade de contribuir com a sociedade nos mais diversos segmentos. Parece... mas, será que é essa a realidade?
Encontrei esta manhã, entre as manchetes de jornais virtuais, a seguinte notícia, que reproduzo abaixo na sua íntegra. O link para a manchete original é este.
"Brasil ocupa a pior colocação em ranking de diferenças salariais entre os sexos
por Marcia Bizzotto, de Bruxelas para Agência BBC Brasil
As mulheres brasileiras recebem, em média, salários 34% inferiores aos dos homens, a maior diferença registrada entre os 20 países pesquisados para um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Confederação Sindical Internacional (CSI), com sede em Bruxelas.
O resultado no Brasil supera a média dos países pesquisados pela CSI, que é de 22% de diferença entre as remunerações entre homens e mulheres durante o ano de 2008.
Calculadas com base em entrevistas realizadas com 300 mil trabalhadores entre 16 e 44 anos de idade em 20 países - 35.152 deles brasileiros -, as estatísticas da CSI contradizem os números oficiais dos governos, segundo os quais as mulheres de todo o mundo ganhariam, em média, 16,5% a menos que os homens.
Segundo a CSI, depois do Brasil a África do Sul é o país com a maior diferença salarial, de 33%, seguida por México e Argentina, onde as mulheres recebem, respectivamente, remunerações 29,8% e 26,1% mais baixas que os homens.
Por outro lado, a Índia é o país onde as condições são menos díspares entre os pesquisados, com uma diferença salarial de 6,3%.
Grã-Bretanha, Dinamarca e Suécia vêm em seguida, com diferenças de 9%, 10,1% e 11%, respectivamente.
Múltiplas causas
Para Sharran Burrow, presidente da CSI, trata-se de um problema de múltiplas causas.
O estudo indica que, de forma geral, as mulheres com um "nível de qualificação superior" enfrentam as maiores diferenças salariais, o que poderia ser atribuído à discriminação no mercado de trabalho, evidente na "maneira como os empregadores concedem promoções aos postos mais altos e nas deficiências em relação à proteção à maternidade".
Segundo o relatório, o resultado também pode ser atribuído "ao fato de que um maior número de mulheres que de homens ocupa postos de trabalho de tempo parcial ou que exijam menor qualificação em relação ao seu nível de estudos (geralmente pior remunerados), porque tem que trabalhar e cuidar da família ao mesmo tempo".
Globalmente, entre 40% e 50% dos entrevistados disseram ter dificuldade para conciliar a vida profissional e familiar. Entre 43% e 57% dessas pessoas eram mulheres, enquanto entre 34% e 40% eram homens.
Isso também faz com que a diferença salarial aumente com a idade, já que "os cargos de alto nível estão relacionados à experiência e aos anos de trabalho", segundo o estudo.
"Os homens têm geralmente mais tempo de trabalho que as mulheres, porque elas geralmente assumem a maior parte das responsabilidades familiares", conclui a pesquisa.
A CSI engloba 312 sindicatos de 157 países, que representam juntos um total de 170 milhões de trabalhadores. "
-------------
O que temos a comemorar nesta data que nos homenageia? Se de um lado são inegáveis as muitas conquistas que o feminismo trouxe à mais de metade da população mundial, percebe-se também claramente que há ainda muita luta pela frente para conseguirmos a verdadeira igualdade de direitos. O espaço conquistado no mercado de trabalho acabou trazendo consigo mais obrigações do que direitos às mulheres, uma vez que a maternidade é função exclusiva das mulheres, sem a contrapartida necessária da divisão de tarefas domésticas para as trabalhadoras, ainda mais nestes tempos em que a instituição familiar está sofrendo um desmonte das estruturas antes estabelecidas, com reflexos tanto no exercício da profissão em si como na educação e preparo das crianças para o exercício futuro da cidadania.
Sem dar as costas às conquistas já asseguradas, acredito que a data serve como um convite e chamamento imperioso para a reflexão de todos, homens e mulheres, sobre o papel de cada um neste mundo de rápida transformação.
Após excessos e exageros tanto das feministas como dos acuados homens, parece hoje que a mulher garantiu o seu espaço no mercado de trabalho e razoável respeito pela sua capacidade de contribuir com a sociedade nos mais diversos segmentos. Parece... mas, será que é essa a realidade?
Encontrei esta manhã, entre as manchetes de jornais virtuais, a seguinte notícia, que reproduzo abaixo na sua íntegra. O link para a manchete original é este.
"Brasil ocupa a pior colocação em ranking de diferenças salariais entre os sexos
por Marcia Bizzotto, de Bruxelas para Agência BBC Brasil
As mulheres brasileiras recebem, em média, salários 34% inferiores aos dos homens, a maior diferença registrada entre os 20 países pesquisados para um estudo divulgado nesta quinta-feira pela Confederação Sindical Internacional (CSI), com sede em Bruxelas.
O resultado no Brasil supera a média dos países pesquisados pela CSI, que é de 22% de diferença entre as remunerações entre homens e mulheres durante o ano de 2008.
Calculadas com base em entrevistas realizadas com 300 mil trabalhadores entre 16 e 44 anos de idade em 20 países - 35.152 deles brasileiros -, as estatísticas da CSI contradizem os números oficiais dos governos, segundo os quais as mulheres de todo o mundo ganhariam, em média, 16,5% a menos que os homens.
Segundo a CSI, depois do Brasil a África do Sul é o país com a maior diferença salarial, de 33%, seguida por México e Argentina, onde as mulheres recebem, respectivamente, remunerações 29,8% e 26,1% mais baixas que os homens.
Por outro lado, a Índia é o país onde as condições são menos díspares entre os pesquisados, com uma diferença salarial de 6,3%.
Grã-Bretanha, Dinamarca e Suécia vêm em seguida, com diferenças de 9%, 10,1% e 11%, respectivamente.
Múltiplas causas
Para Sharran Burrow, presidente da CSI, trata-se de um problema de múltiplas causas.
O estudo indica que, de forma geral, as mulheres com um "nível de qualificação superior" enfrentam as maiores diferenças salariais, o que poderia ser atribuído à discriminação no mercado de trabalho, evidente na "maneira como os empregadores concedem promoções aos postos mais altos e nas deficiências em relação à proteção à maternidade".
Segundo o relatório, o resultado também pode ser atribuído "ao fato de que um maior número de mulheres que de homens ocupa postos de trabalho de tempo parcial ou que exijam menor qualificação em relação ao seu nível de estudos (geralmente pior remunerados), porque tem que trabalhar e cuidar da família ao mesmo tempo".
Globalmente, entre 40% e 50% dos entrevistados disseram ter dificuldade para conciliar a vida profissional e familiar. Entre 43% e 57% dessas pessoas eram mulheres, enquanto entre 34% e 40% eram homens.
Isso também faz com que a diferença salarial aumente com a idade, já que "os cargos de alto nível estão relacionados à experiência e aos anos de trabalho", segundo o estudo.
"Os homens têm geralmente mais tempo de trabalho que as mulheres, porque elas geralmente assumem a maior parte das responsabilidades familiares", conclui a pesquisa.
A CSI engloba 312 sindicatos de 157 países, que representam juntos um total de 170 milhões de trabalhadores. "
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O que temos a comemorar nesta data que nos homenageia? Se de um lado são inegáveis as muitas conquistas que o feminismo trouxe à mais de metade da população mundial, percebe-se também claramente que há ainda muita luta pela frente para conseguirmos a verdadeira igualdade de direitos. O espaço conquistado no mercado de trabalho acabou trazendo consigo mais obrigações do que direitos às mulheres, uma vez que a maternidade é função exclusiva das mulheres, sem a contrapartida necessária da divisão de tarefas domésticas para as trabalhadoras, ainda mais nestes tempos em que a instituição familiar está sofrendo um desmonte das estruturas antes estabelecidas, com reflexos tanto no exercício da profissão em si como na educação e preparo das crianças para o exercício futuro da cidadania.
Sem dar as costas às conquistas já asseguradas, acredito que a data serve como um convite e chamamento imperioso para a reflexão de todos, homens e mulheres, sobre o papel de cada um neste mundo de rápida transformação.
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- Cidadania, Política e Consciência Crítica:
. Congresso em Foco: O dia-a-dia do nosso Congresso Nacional;
. Observatório da Imprensa: Olhar crítico sobre a mídia
. Transparência Brasil: Política e políticos sob lente de aumento;
. Deu no Jornal: Banco de dados da corrupção no Brasil;
. Opinião e Notícias: Um jornalismo alternativo, de orientação liberal;
. Montbläat: Um jornalismo independente na net;
. Alberto Dines: Opinião deste isuperável jornalista em blog;
. Escritos Infames: blog do Teócrito Abritta, ambientalista, fotógrafo e escritor;
. Náufrago da Utopia: blog do jornalista Celso Lungaretti, ex-guerrilheiro dos anos de ditadura e eterno combatente das injustiças sociais;
. Humberto Laudares: blog muito lúcido sobre política e economia;
. Direitos Fundamentais: blog do George Marmelstein Lima, focando principalmente a filosofia do direito;
E as leis que devem fazer parte do nosso dia-a-dia:
. Código de Defesa do Consumidor: Lei Federal 8.078;
. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei Federal 8.069
. Estatuto do Idoso: Lei Federal 10.741;
. Lei de Crimes Ambientais: Lei Federal 9.605 (atenção para o artigo 32 que estabelece pena de detenção e multa para maltrato de animais!).
- Meio Ambiente:
. SOS Mata Atlântica: ONG com ações concretas e eficientes para salvar a Mata Atlântica;
. Greenpeace Brasil: ONG bastante atuante na defesa do meio ambiente e animais em perigo de extinção (embora meio fanática e agressiva...);
. Planeta Sustentável: portal de Abril e seus patrocinadores, com artigos e dicas para exercício de cidadania ecologicamente sustável;
. Envolverde: muito bom portal sobre meio ambiente e consciência verde;
. Portal das Energias Renováveis: tudo sobre o mundo da energia;
. Sustentabilidade: ambientalismo focado como negócio.
- Animais de Estimação e Proteção Animal:
. Saúde Animal: bastante útil para começar a entender os nossos animais de estimação e cuidá-los bem (cães, gatos, ferrets, aquarismo, etc);
. ANDA: Agência de Notícias de Direitos Animais - e-jornal em defesa dos animais;
. PEA (Projeto Esperança Animal): OSCIP com site bem detalhado sobre proteção animal e campanhas em todo o território nacional, sediada na Grande São Paulo;
. Beco dos Gatos: tudo sobre gatos, esse fantástico mas injustiçado animal de estimação;
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. Adote Um Gatinho: ONG semelhante a Gatos do Rio, porém sediada em São Paulo, SP.
- Culinária:
. Livro de Receitas: um dos sites com maior quantidade de receitas que já vi, para todos os gostos;
. Guia Vegano: receitas, ecologia e proteção animal - tudo num lugar só!
. Receitas Vegan: boas receitas para quem não pretende consumir proteína animal;
. Receita Passo a Passo: blog do Beto, um chef tão caprichoso nos seus posts que é impossível vc errar seguindo as suas receitas, simples mas super saborosas;
. Cantinho Vegetariano: blog da Elaine, onde se encontram excelentes e maravilhosas alternativas culinárias para quem precisa ou deseja deixar de comer carne e derivados.
- Laser, Entretenimento, Conhecimentos Gerais:
. AMG: o mais completo banco de dados sobre música (praticamente todos os estilos internacionalmente conhecidos) - em inglês;
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E as leis que devem fazer parte do nosso dia-a-dia:
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- Animais de Estimação e Proteção Animal:
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. ANDA: Agência de Notícias de Direitos Animais - e-jornal em defesa dos animais;
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. Beco dos Gatos: tudo sobre gatos, esse fantástico mas injustiçado animal de estimação;
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. Adote Um Gatinho: ONG semelhante a Gatos do Rio, porém sediada em São Paulo, SP.
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. Cantinho Vegetariano: blog da Elaine, onde se encontram excelentes e maravilhosas alternativas culinárias para quem precisa ou deseja deixar de comer carne e derivados.
- Laser, Entretenimento, Conhecimentos Gerais:
. AMG: o mais completo banco de dados sobre música (praticamente todos os estilos internacionalmente conhecidos) - em inglês;
. IMDB: tudo sobre o mundo de cinema - em inglês;
. Observatório: blog de astronomia, com belas fotos do mapa celeste;
. National Geographic: dispensa apresentação; este é original - em inglês;
. SuperInteressante: versão online da revista do mesmo nome;
. É Triste Viver de Humor: blog do Marcelo de Andrade, com charges de humor;
. Terceira Via Verdão: site mantido por torcedores do Palmeiras; eu não sou palmeirense, mas há excelentes artigos sobre o mundo do futebol;
. Futebol & Negócio: blog de vários colaboradores, focando o futebol como indústria do entretenimento.